sábado, 23 de junho de 2012

Governo e grevistas da Uern se reunirão segunda-feira

Embora tenha reconhecido que a greve é justa e legítima, a audiência pública sobre a situação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), ontem à tarde, na Assembleia Legislativa, terminou sem acordo. Mas, conseguiu o mérito de retomar o diálogo entre servidores e Governo do Estado, que ficou de apresentar proposta segunda-feira (25).
Foi marcada uma audiência entre o Comando de Greve, formado por representantes dos servidores, técnicos-administrativos e estudantes, em Natal, em horário a ser acertado. A expectativa é que o Governo do Estado diga quando pretende pagar o reajuste de 10,65%, previsto para abril deste ano, conforme acordado em setembro de 2011.
A audiência pública contou com a participação da deputada federal Fátima Bezerra (PT); deputados estaduais Larissa Rosado (PSB), Gustavo Fernandes (PMDB) e Fernando Mineiro (PT); procurador-geral do Estado, Miguel Josino; secretário de Administração e dos Recursos Humanos, Álber Nóbrega; pró-reitor de Planejamento e Finanças da Uern, Severino Neto.
Também participaram o presidente da Aduern, Flaubert Torquato; presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE), Saulo Spinelly, e a presidenta do Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos (Sintauern), Rita de Cássia Vidal, que reforçaram a legitimidade do movimento devido a descumprimento de acordo salarial.
Os sindicalistas lembraram que para encerrar a greve de 2011, que durou 106 dias, os servidores aceitaram parcelar o reajuste de 27% em três anos, sendo a primeira parcela, de 10,65%, acordada para abril deste ano. Como o Governo não pagou nem deu previsão, professores e técnicos deflagraram a greve no último dia 3 de maio.
Eles transferiram para o Governo do Estado a responsabilidade da paralisação. "Quem tem obrigação de encontrar uma solução é o governo. A crise não é da Uern, é do governo. O nosso desejo é encontrar uma saída, mas está faltando diálogo", afirmou o presidente da Aduern, Flaubert Torquato, lembrando que vem tentando, sem êxito, negociar.
Como não apresentou proposta concreta para os servidores, o secretário de Administração e dos Recursos Humanos, Álber Nóbrega, disse que o Executivo vai apresentar uma proposta, com o objetivo de buscar o consenso e finalizar a paralisação, na próxima segunda-feira. A intenção é avançar no diálogo em busca de um acordo.
Também na audiência de ontem, idealizada pelo deputado Fernando Mineiro, foram apresentados dados indicando que do ano passado até agora já são 155 dias de greve contra apenas 134 de aulas, o que revela o prejuízo à comunidade acadêmica e à sociedade, já que vários segmentos estão sendo prejudicados com a greve.
A audiência da próxima segunda-feira é uma tentativa de se chegar a um acordo, já que fracassaram as investidas através da Justiça, que realizou audiência de conciliação, sem consenso, e negou a ação do Governo, pedindo a ilegalidade da greve. Para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, a paralisação é legal. 

fonte: omossoroense

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